Na parábola do Rico e Lázaro (Lc 16, 19-31), na vida real você quem é entre os dois?
José Sérgio dos Santos
Pedagogo
Lázaro se contentava com as migalhas que caia da mesa do rico competindo com os animais que lambiam as suas úlceras.
O pobre morreu e foi levado pelos anjos para o reino dos céus com honra junto à Abrãao, porém, o rico também morreu e foi enterrado. Na morada dos mortos, o rico viu Lázaro ao lado de Abrãao. Mesmo nas trevas, o rico arrogante clama por Abrãao que mande Lázaro molhar as pontas dos dedos na água para refrescar a sua língua.
Diante desta parábola do homem rico que vivia na plena felicidade e do pobre Lázaro vivia na vida a da infelicidade, nesse cenário percebe-se claramente até hoje, que o “rico não vive sem o pobre”, precisa do pobre para sobreviver.
O rico de hoje é o empresário que precisa dos “lazarentos” dos seus empregados para trabalhar pra ele e enriquecê-lo cada vez mais e prestar-lhe serviço de motorista, operário, vigilante, faxineiro, eletricista, jardineiro, cozinheiro, babá entre outras atividades laborais, recebendo as migalhas de um parco salário pelas suas atividades laborais.
Os cães sarnentos são as instituições que cobram impostos indevidos dos lazarentos na maioria dos pobres trabalhadores, através das úlceras lambidas pelos políticos entre outros, com promessas de que, se voltarem em mim, “vou doar o meus salários”, “vou acabar com as filas e implantar mais creches”, “despoluir o mar”, “fazer o saneamento básico”, blá blá blá, blá blá blá...
Como o pobre lazarento do eleitor acredita nas migalhas que caem da mesa do rico, voltam nele, vivendo por quatro anos a mais, na infelicidade plena da miséria, sem postos de saúde, água tratada, escolas de qualidade etc e tal.
Outro exemplo se vê, nas empresas os falsos ricos, tão miseráveis, humilham os pobres lazarentos dos funcionários, classificando-os em castas, só podem circular por certas áreas do prédio pessoas bem vestidas, não podem conversar com esse ou aquele, porque você nasceu Lázaro Lázaro deverá ser até morrer.
Caso num hotel há plena distinção entre um hóspede que frequenta o recinto de um pobre Lázaro serviçal que frequenta o mesmo espaço, para deixa-lo limpo e arborizado, que nem mesmo o homem rico do estabelecimento, desconhece as atrocidades cometidas pelos seus sub-chefes despreparados na tratativa com seus pobres lázaros serviços.
Num quartel um Comandante delega uma ordem de serviço aos seus subordinados, quando chega no sargento, humilha os pobres lazarentos dos soldados rasos.
Você homem rico, parou para conversar e observar se as migalhas caídas das suas mesas, satisfazem plenamente os seus pobres empregados lazarentos? Pois, você homem rico administrador, pai, médico, professor, empresário, padre ou pastor, militar ou governador, tenham certeza, vocês “ricos” não vivem sem os “pobres lazarentos”.