A juventude brasileira se fez representar nas manifestações
pelas ruas das cidades do país, expondo as insatisfações dos anseios perante as
autoridades constituídas e pelos abusos por elas acometidas numa hegemonia política
de mais de uma década, onde os conchavos são feitos pela madrugada em gabinetes
para atender agremiações políticas e governar não para o povo e sim para os
interesses corporativos seja grupos privilegiados ou pessoais, o cidadão
brasileiro cansou de ser desrespeitado e foi para as ruas soltar o grito de
insatisfação e dizer um basta pelo desgoverno e contra a corrupção.
O exercício pleno da cidadania aprendesse com erros e acertos
e com o tempo vá se aperfeiçoando, desde o aprendizado na escolha de nossas
lideranças políticas nas urnas eleitorais, seja nas manifestações públicas
pelas ruas ou acolhimento de assinaturas em busca das soluções dos problemas
emergentes que venham suprir as necessidades básicas do cidadão, neste
particular como exemplo, custo de vida, desemprego, tarifas de ônibus,
qualidade dos transportes coletivos, segurança pública, mais recursos para
educação, setor da saúde, leis mais justas e combate à corrupção nos meios
políticos e no setor privado.
Todo clamor popular tem as suas nuances e riscos de sucessos
e descontrole do movimento popular, onde alguns procuram expor suas frustrações
por meio de violência o que leva a desvirtuar os objetivos de qualquer
reivindicação, porém, não desmerece o foco central, da meta de construir uma
sociedade melhor, cujos gritos das ruas nos deixa lições do exercício pleno da
cidadania, muita mais eficaz, quando tal iniciativa de manifestação vem do
segmento jovem da população, construindo a base de futuras lideranças
indignadas com os desmandos e arrogância dos atuais governantes, legisladores e
do poder judiciário.
O anseio de mudança, a coragem de ir para as ruas e gritar
por soluções, a irreverência típica e do bom humor, são sinais importantes na
exaltação das carências da moralidade que se impera na gestão pública
brasileira nos três níveis do poder, o que é uma alerta àqueles que fazem as
nossas leis, que governam e julgam, a partir desses movimentos sociais,
repensarem que país os jovens querem daqui pra frente? Querem um país em que
seus governantes, legisladores e juristas, sejam no mínimo, honestos com a
coisa pública, com os cidadãos que pagam altíssimos impostos e querem retornos
imediatos, nos municípios, nos estados e nas ações federais em prol do bem
comum.
EM TEMPO:
Chega de sermos eternamente um país colônia dos organismos e
entidades internacionais ou de empresários que sempre exploram os cidadãos
brasileiros, acham que o povo gosta de “pão” mediante Bolsa Família e “circo”
nas construções de estádios monumentais de futebol, e não possuem transportes
coletivos e de qualidade que possam se deslocar com dignidade para o trabalho,
escola e aos médicos, onde ainda nem postos de atendimento à saúde, hospitais e
escolas sucateadas, estradas esburacadas, altas taxas de pedágios, custo de
vida elevado, saneamento básico deficiente, violência urbana e a falta de
segurança pública entre tantas outras necessidades, e os abusos e exorbitantes
ajudas de custo dado aos políticos e juristas, com auxílios moradias e de
alimentação, valores financeiros que grande parcela da população trabalhadora é
humilhada, pois não recebem tais benefícios, o que levou a indignação do povo
brasileiro, especialmente por parte da nossa juventude, uma grande lição pela
moralidade.
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