domingo, 16 de junho de 2013

O que se percebe até agora da vida, é que começamos ter a consciência das perdas quando começamos a envelhecer.

Quando ainda jovens, há uma ascensão de ganhos e de aprendizados com a vida e a partir de determinada idade, imagina-se que ao galgar o topo dos objetivos almejados, sejam sonhos pessoais realizados ou coletivos, familiares ou grupos de trabalho e comunitários, depara-se com pesadelos oriundos do insucesso individual, ou provocados por meios de sabotagens e traições de pessoas mais próximas ou não, gera-se uma profunda mágoa e frustrações e os tornam frágeis diante de não ter percebido a tempo tais atitudes insanas acometidas sobre si próprias.
Quem engana, será um dia enganado, quem abandona, será um dia abandonado, que traí um dia também será traído. É a lei da atração, “aqui se faz aqui mesmo se paga”, no discurso judaico-cristão, “Deus haverá de fazer justiça!”, diriam alguns.
A verdade, cada um defende e tem a sua verdade ou ilusão do que é ter liberdade. Falseia conforme as suas conveniências de má formação do caráter e comportamento moral, na ilusão da busca de uma felicidade, e qual felicidade que não os leva para a masmorra da escravidão de seus atos? Não há felicidade construída na infelicidade do outro ou no sacrifício da busca de muitos benefícios de si próprio, sempre, enquanto se é jovem há que ter a clarividência de que começa haver a consciência das perdas quando se inicia a fase da senilidade.
Perde-se a força da jovialidade, os amigos de infância se afastam ou partem e novos relacionamentos são necessários ser renovados, a idade avança, a fragilidade mental e corporal chega, adoece-se e muita vez começa-se a conviver com a solidão.  Como a criança para aprender a andar, caem várias vezes, a solidão é uma queda no final da vida, também é um aprendizado.
Por isso, seguir o seu caminho, caindo, sendo derrubado, porém, levantando sempre e andando e seguindo em frente, torna-se o verdadeiro aprendizado da luta da sobrevivência de si mesmo na vida.  Você vai dizer: se eu acertar, acertei sozinho. Se eu errar, errei sozinho. Pois fiquei sozinho pelo caminho, sobrevivi com honradez, dignidade e muitas lutas. São nas mais suaves e generosas atitudes que percebemos os grandes gestos do coração, enfim vivi e sobrevivi você dirá para si próprio e para aqueles que fazem e fizeram parte de sua vida.
Lapidar a pedra bruta da sua consciência não é para qualquer um. A sinceridade afasta aqueles que não querem ver a luz da razão. Ter sempre a consciência tranquila das suas ações em prol do bem-estar de si e daquelas que estão ao seu lado, seja pela atitude mais simples e generosa que praticares, seja feliz fazendo o outro feliz, faça com pureza do seu coração, sem nada exigir de troca. Nas coisas simples da vida é que exala a sensibilidade do perfume da pureza e da essência da alma.
EM TEMPO:
Com o passar dos anos, é que aprendemos com quem podemos contar e especialmente, quando fortalecemos sinceras amizades e na aproximação da vida senil, estes não nos abandonam.  O que se percebe até agora num determinado momento da vida, é que vale a pena ser bom, honesto e sincero e ter amigos que possuem uma fidelidade perene.

É nos pequenos gestos é que sentimos a beleza da alma. Porque é por intermédio das atitudes, que são reveladas as essências da bondade do coração. É preciso saber viver enfrentando as adversidades e saber sempre agradecer, pois a mais nobre atitude se expressa na sinceridade da gratidão. 

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